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CONTER participa de reunião no CNS e reforça combate ao mosquito da Dengue

Jônathas Oliveira/Assim CONTER
05/02/2016
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O Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) participou da 277ª reunião promovida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS). O principal assunto discutido no encontro foi o acompanhamento das ações do Ministério da Saúde (MS) no combate ao Aedes Aegypti e a definição das ações de controle social no combate ao mosquito.

Após a apresentação dos novos conselheiros do CNS, o ministro da Saúde Marcelo Castro afirmou que a batalha contra o mosquito é prioridade do SUS. Ficou acertado que todas as áreas de saúde repensem as práticas contra a proliferação da Dengue, do Chikingunya e do vírus Zika. A ideia é que cada profissional de saúde, por ter contato direto com pacientes infectados, possa colaborar com campanhas de conscientização e atendimento humanizado.

No que diz respeito ao controle populacional dos mosquitos, a radiação nuclear pode vir a ser ferramenta no combate a essas doenças. Isso porque os mosquitos machos submetidos ao procedimento se tornariam inférteis com a aplicação da Técnica do Inseto Estéril (TIE).

O novo procedimento é uma ideia da Agência Internacional de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas (IAEA/ONU) que será executada por meio da pesquisa “Efeitos da radiação ionizante nas fases do ciclo evolutivo do Aedes aegypti visando o seu controle através da TIE”, no Laboratório de Radiobiologia e Ambiente, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP), em Piracicaba (SP), e nos laboratórios do Centro de Tecnologia das Radiações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN-SP).

Uma garota coloca a mão em uma caixa com mosquitos Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, geneticamente modificados (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

Esses mosquitos machos criados em laboratório poderiam, então, ser liberados para cruzar com as fêmeas da espécie cujos ovos nunca se desenvolveriam. Assim, é possível reduzir o número de insetos numa determinada área sem matar animais ou usar produtos químicos. Clique aqui e saiba mais.

Para a presidente do CONTER, Valdelice Teodoro, o fato de a radiação ionizante surgir como solução para um problema de emergência de saúde pública internacional é motivo para que os profissionais das técnicas radiológicas sejam devidamente reconhecidos pelas suas competências e atribuições.

“Nós, enquanto profissionais da área de saúde, possuímos uma gama de conhecimento que faz a diferença na vida das pessoas. Além do estudo ser bastante qualificado, o assunto traz algumas reflexões: se a radiação ionizante é capaz de alterar o DNA do mosquito, imagine as consequências que a má utilização dessa radiação pode ocasionar na vida das pessoas? É nessa tecla que batemos sempre. Os Técnicos e Tecnólogos em Radiologia são os únicos profissionais que desempenham esse serviço com o devido cuidado e excelência”, defende.

(Com informações adicionais do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN)