PIONEIRO

Uma paixão de meio século pela Radiologia

Naum Carlos Foto: CRTR5/Divulgação
04/07/2018
PIONEIRO

Uma forma de valorizar a categoria é reconhecer o trabalho que os profissionais desempenham. Principalmente, aqueles com muitos anos de estrada. Um desses pioneiros é o Técnico em Radiologia Sergio Libonati, que está na área há quase dois terços dos seus 75 anos de vida e recebeu do Conselho Regional de Técnicos e Tecnólogos em Radiologia de São Paulo (CRTR 5ª Região), na última quinta-feira (28), o título de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados à população e pela contribuição que deu ao desenvolvimento das técnicas radiológicas no Brasil.

Além de ser Técnico em Radiologia, Sérgio é farmacêutico, advogado e médico oncologista. Todo esse conhecimento lhe permitiu ter uma visão única do trabalho exercido pelos profissionais de nível técnico e tecnológico. “Todos têm que trabalhar em conjunto em prol da saúde do paciente”, explica o especialista em radioterapia, que também tece algumas reclamações em relação ao tratamento que muitos trabalhadores da saúde vêm recebendo. “Quando o profissional acerta, não faz mais que a obrigação. Quando erram, é o fim”, aponta.

A falta de reconhecimento, associada às condições ruins às quais muitos profissionais da saúde estão submetidos, é uma das maiores dificuldades apontadas pelo pioneiro. No entanto, ele não deixa de ressaltar os deveres que esses trabalhadores têm que cumprir. “É preciso ser humilde para escutar o que o paciente tem para dizer, para então ser possível aplicar um bom tratamento ou analisar os lugares certos”, aconselha o fundador do Centro Paulista de Radioterapia e Oncologia (Cepro), criado em 1980.

São 46 anos na Radiologia, desde o ingresso na residência na área de cancerologia, como era conhecida a oncologia naquela época, em 1972. A graduação em medicina foi concluída em 1971, na Faculdade de Ciências Médicas e Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (FCMS/PUC), em Sorocaba. De lá para cá, o coração de Sergio apresentou alguns sinais do tempo:  sete paradas cardíacas! O que não o impede de continuar na ativa, mesmo com a idade um pouco avançada. “Eu morri e voltei várias vezes. Agora vou fazer o quê? Vou trabalhar”, brinca o radioterapeuta, que acredita ainda não ter concluído sua missão na terra.