OUTUBRO ROSA

Se você tem mais de 50 anos, faça mamografia

Inca, com adaptações
01/10/2018
OUTUBRO ROSA

Estima-se que até o fim de 2018, cerca de 60 mil mulheres passarão pelo tratamento do câncer de mama. O profissional da Radiologia está presente em boa parte desse processo e, assim como os demais profissionais da saúde, técnicos e tecnólogos são indispensáveis no apoio às pacientes que passam por essa fase.

No mês de conscientização sobre o problema, o CONTER alerta sobre a necessidade da prevenção, pois o diagnóstico precoce diminui as complicações da doença. Por isso, é importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer alteração suspeita na mama. Quando a mulher conhece bem suas mamas e se familiariza com o que é normal para ela, pode estar atenta a essas alterações e buscar o serviço de saúde para investigação diagnóstica.

A detecção precoce do câncer de mama pode ser feita pela mamografia, quando realizada em mulheres sem sinais e sintomas da doença, numa faixa etária em que haja um balanço favorável entre benefícios e riscos dessa prática (mamografia de rastreamento). A recomendação no Brasil, atualizada em 2015, é que mulheres entre 50 e 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos. Essa é também a rotina adotada na maior parte dos países que implantaram o rastreamento do câncer de mama e tiveram impacto na redução da mortalidade por essa doença.

A mulher também pode fazer a observação e a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem necessidade de uma técnica específica de autoexame, em um determinado período do mês, como preconizado nos anos 80. Essa mudança surgiu do fato de que, na prática, muitas mulheres com câncer de mama descobriram a doença a partir da observação casual de alterações mamárias e não por meio de uma prática sistemática de se autoexaminar, com método e periodicidade definidas.

Alerta

Estudos da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) mostram que o Brasil precisa progredir no diagnóstico do câncer de mama. O percentual de cobertura mamográfica de 2017 nas mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é o menor dos últimos cinco anos. Eram esperadas 11,5 milhões de mamografias e foram realizadas apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).