FOSFOAMINA

Professor da USP afirma que descobriu cura do câncer e acusa agência reguladora de má vontade

Assessoria de imprensa do CONTER
16/09/2015
FOSFOAMINA

 

Depois de 20 anos de pesquisas e inúmeras experimentações nos laboratórios da Universidade de São Paulo (USP), o professor aposentado Gilberto Orivaldo Chierice acredita que encontrou a cura do câncer.

O especialista em química e física molecular desenvolveu uma substância chamada fosfoetanolamina sintética que, segundo ele, é capaz de indicar ao sistema imunológico as células cancerosas que devem ser removidas do corpo. Ele explica que, a partir da ingestão de capsulas com a medicação, as células cancerosas são mortas e o tumor desaparece entre seis e oito meses de tratamento.

A fosfoetanolamina sintética é obtida a partir da combinação da monoetanolamina, encontrada na composição de xampus, e do ácido fosfórico, que é um conservante de alimentos. A interação dessas duas substâncias gera uma espécie de marcador de células diferenciadas, que são as consideradas células cancerosas.

O princípio ativo da droga é simples. Após a ingestão, ela passa do trato digestivo para a corrente sanguínea e vai até o fígado, onde  “pega carona” com o ácido graxo que é responsável por alimentar e dar energia ao tumor. A fosfoamina entra junto com a “alimentação” dentro da célula cancerígena. Quando a substância entra, denuncia a anormalidade para o sistema imunológico e a célula é liquidada, num processo conhecido como apoptose.

Assim que chegou a conclusões científicas de que a droga surtia efeito, Gilberto passou a manufaturar e distribuir o remédio gratuitamente aos doentes terminais que o procuravam em São Carlos/SP, cidade onde mora com a família. Mas, por meio de uma portaria, a USP o proibiu de continuar fazendo isso até obter o registro do medicamento.

“Nos últimos tempos, nós fazíamos cerca de 50 mil cápsulas por mês. Cada uma custava R$ 0,10. Conseguíamos distribuir para mais de 800 pessoas por mês. Quantas pessoas se curaram eu não sou capaz de dizer porque muitas delas, que eram pacientes terminais, estão aí, vivas. Então, não sei dizer quantas pessoas foram curadas”, pondera.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que não existe nenhum processo formal de registro da substância, também conhecida como fosfoamina, e que a USP ainda não tomou qualquer atitude prática para transformar o produto em medicamento.

O professor Gilberto acusa a agência reguladora de má vontade e desinteresse. Afirma que já procurou a ANVISA quatro vezes e não consegue evoluir. “Eu sou um homem de ciência de 25 anos, eu não sou nenhum amador e, por não ser amador, eu conheço os trâmites das coisas, como funciona. Se não for possível aqui, a melhor coisa é outro país fazer porque beneficiar pessoas não é por bandeira. A humanidade precisa de alguém que faça alguma coisa para curar os seus males”, desabafa.

Diante da celeuma, alguns pacientes estão entrando na justiça para ter o direito de acesso ao tratamento oferecido e o pesquisador procura por um hospital onde possa realizar todos os testes necessários para o registro.