FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CÂNCER

Recurso pode ser utilizado em todos os casos e é fundamental durante e após o tratamento oncológico

Proativa Comunicação, com adptações
26/07/2011
FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CÂNCER

Há alguns anos, a grande preocupação da equipe médica em relação ao câncer era a sobrevivência dos pacientes. Atualmente, o foco do tratamento mudou e, agora, a qualidade de vida que o paciente terá durante e após o tratamento oncológico e o foco dos especialistas. A Fisioterapia Oncológica é indicada tanto no pré quanto no pós-operatório, como também ao longo de todo o tratamento.

Também é indicada para todos os casos, incluindo os cânceres de mama, tumores de cabeça e pescoço, além dos relacionados ao sistema músculo-esquelético. “A fisioterapia é fundamental no tratamento do paciente com diagnóstico de câncer ao oferecer acompanhamento às diversas alterações que podem ocorrer, mesmo diante de muitos comprometimentos que se apresentam, como: edema de membros, alterações musculares, constipação, alterações neurológicas, alterações respiratórias, dores musculares por disfunções posturais, dores teciduais e cicatriciais e dores tendinosas e articulares, alterações ósseas e alterações circulatórias”, explica a fisioterapeuta do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Anke Bergmann.

Dentre os procedimentos fisioterapêuticos que podem ser empregados na Fisioterapia Oncológica está a drenagem linfática manual; exercícios ativos, passivos, alongamentos e resistidos - conforme cada alteração muscular que se apresenta; exercícios respiratórios, para melhor funcionamento diafragmático, pulmonar e retirada de secreções; treino de marcha, equilíbrio, entre outros.

“O tratamento fisioterapêutico também é importante durante as fases de quimioterapia e radioterapia. A atenção está no processo de sensibilidade do sistema imunológico”, acrescenta Bergmann. Em casos de câncer de mama, por exemplo, o grande problema é o esvaziamento ganglionar, ou seja, a retirada dos gânglios linfáticos existentes na axila. Isso dificulta na movimentação do braço, principalmente nos movimentos de abertura lateral. O tratamento auxilia na recuperação e na prevenção dos distúrbios linfáticos.

A Fisioterapia não se preocupa apenas com o local afetado pelo câncer, mas com a repercussão do problema em todo o organismo da pessoa, visualizando o paciente como um todo, além da sua autoestima, de seu sentimento e sua qualidade de vida. “A principal meta da fisioterapia oncológica é mostrar ao paciente a necessidade de retomar as atividades diárias e oferecer a ele condições para isso”, finaliza a fisioterapeuta.