CONSCIENTIZAÇÃO

Dia Nacional de Combate ao Câncer estimula diálogo sobre prevenção e tratamento

Ascom CONTER
26/11/2017
CONSCIENTIZAÇÃO

Acontece hoje, 27 de novembro, o Dia Nacional de Combate ao Câncer. A data foi instituída para alertar a população sobre a prevenção e desmitificar o tratamento. Estimativa do INCA (Instituto Nacional de Câncer) revela a ocorrência de 600 mil casos de câncer no país, entre 2016 e 2017. Com exceção do câncer de pele, os tipos que mais atingem os brasileiros são o câncer de próstata (61 mil) e o de mama (58 mil).

Alguns tipos de câncer só dão sinais quando a doença já está em estado avançado, por isso a importância da prevenção. Esse cuidado vai desde a prática de hábitos saudáveis até a visita regular ao médico, sobretudo se a pessoa se encontra no grupo chamado de risco.  Um terço das mortes por câncer está relacionado a comportamentos como fumar, consumir bebidas alcoólicas, sedentarismo e alimentação inadequada. Eles são os chamados fatores de risco de câncer e podem ser evitados com mudanças simples no seu estilo de vida.

Tanto na prevenção quanto no tratamento, os profissionais da Radiologia estão envolvidos nos procedimentos, pois os exames de imagem e outros tratamentos que se utilizam de radiação ionizante têm papel fundamental. A tomografia computadorizada (TC), por exemplo, é um dos mais eficientes recursos para detecção e acompanhamento do câncer de pulmão. A TC é indicada, geralmente, em pacientes com histórico de tabagismo pesado. Sempre fazendo uma balança prós e contras, a equipe médica é capaz de avaliar qual a indicação em cada caso específico.

Além dos técnicos e tecnólogos em Radiologia, as equipes multidisciplinares contam com oncologistas, patologistas, cirurgiões, psicólogos, pediatras, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes sociais que ajudam na recuperação do paciente e no apoio à família.

Câncer de Mama

Hoje também é Dia Nacional de Combate ao câncer de mama. No Brasil, o câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres. O Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima que 57.960 mulheres tenham a doença em 2017.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. No Brasil, o acesso à prevenção ainda é desigual, são menos assistidas as mulheres do interior, em comparação aos grandes centros.

Contudo, o quadro não é satisfatório de um modo geral no país. Levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia, em 2015, revelou que mais de 2,7 milhões de mulheres, com idades entre 50 e 69 anos, fizeram a mamografia. Mas o número de mulheres que deixaram de fazer o exame foi três vezes maior: quase 8,5 milhões.

Câncer de próstata em foco

Finalizando o Novembro Azul, a discussão sobre a doença não pode cessar. O tratamento deste tipo de câncer, em geral, tem resultados muito bons, quando a doença é diagnosticada e tratada logo no início. Por isso, é importante que os homens levem a sério os exames preventivos. A maioria dos casos acontece por volta dos 65 anos, mas a investigação diagnóstica deve acontecer a partir dos 50 anos. Quando há parentes diretos que já enfrentaram a doença, é recomendado iniciar os exames anuais mais cedo, a partir dos 40 anos.

Diagnóstico precoce aumenta a 80% chances de cura de câncer infantil

Os sintomas do câncer em crianças, geralmente, assemelham-se aos de doenças comuns, como vômitos, dores de cabeça, perda de equilíbrio e de visão, dores nos ossos e surgimento de nódulos. A falta de informação é um dos principais vilões para o tratamento desses pacientes. Os tumores atingem sobretudo pacientes com idades entre 0 e 14 anos. Não raro, eles apresentam também palidez, inchaços e hematomas. Por isso, as consultas clínicas regulares ao pediatra são essenciais para identificar problemas.

Em crianças e adolescentes, os casos mais comuns são as leucemias, que afetam a medula e representam até 35% dos casos de câncer infantil; e tumores no Sistema Nervoso Central, que somam 26% dos casos, principalmente aos 10 anos de idade.

Por ano, são registrados em média 9 mil novos diagnósticos de câncer infantil. Para este ano, a estimativa é de 12,6 mil casos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer infantil corresponde a até 4% dos tumores malignos na população em geral e representa a principal causa de morte entre jovens de 1 a 19 anos.